sexta-feira, 22 de junho de 2012

As diferenças entre ARTROSE e ARTRITE


Durantes as aulas de hidroginástica sempre os professores são questionados sobre  determinadas patologias (doenças). Duas das mais comuns sempre presentes nas aulas são a ARTRITE e a  ARTROSE. Poucos conhecem as diferenças entre as duas e como blog Mundo Hidroginástica sempre está a procura de informações para melhor informar os praticantes de hidroginástica, encontramos um bom texto escrito pelo Dr. Rafael Benoliel que define muito bem o que é artrite e artrose. Acompanhe.

As diferenças entre ARTROSE e ARTRITE

Essa seja talvez uma das maiores dúvidas presentes em quaisquer ambulatórios de Ortopedia, motivo de grande confusão quando o assunto é tentar compreender seus conceitos e sua fisiopatogenia. Por isso, espero esclarecer tais dúvidas com essa explicação rápida.


A artrite é um processo inflamatório - específico ou inespecífico - da membrana que reveste a articulação, chamada membrana sinovial. Isso resulta em dor e edema articulares, além de grande impotência funcional. Pode ser causada por uso excessivo, como quando acontece nos exercícios físicos em excesso ou feitos sem orientação (artrite traumática transitória) ou por processos infecciosos, por agentes inoculados no foco articular ou a distância. Necessita de tratamento imediato e normalmente responde rápido a intervenção médica.

As artroses articulares são resultantes de um desgaste progressivo e crônico da cartilagem que reveste a face articular dos ossos, resultando em dor crônica, creptação difusa aos movimentos e também impotência funcional. Responde mal ao tratamento, necessitando de longos períodos de tratamento, o que nem sempre garante sucesso ao final.

Portanto, a única relação que pode existir entre essas duas patologias é que a artrite, se não tratada a tempo, pode agredir demasiadamente a cartilagem, interferindo na sua nutrição, e resultar na necrose da mesma, levando a artrose.

Lembrando sempre que a melhor solução para as artroses é a prevenção, expressa na prática de esportes regularmente e manutenção do peso corpóreo ideal sempre!

Quanto ao tratamento, nas artrites lançamos mão de AINE como Arcoxia ou Prexige, além de gelo local, 20 minutos de 3/3 hs. Podemos ainda utilizar antibióticos quando a provável etiologia for infecciosa. Já nas artroses, devemos usar os estimuladores de crescimento cartilaginoso, como artrolive ou condroflex, por um período que vai de 3 a 6 meses!

Dr. Rafael Benoliel 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Você conhece a Hidropilates?


O sucesso do método Pilates pode ser visto quando novas formas de utilizar o método são criadas. O Hidropilates, Water Pilates ou Acqua Pilates. É um programa que adapta os exercícios de Pilates para a piscina. Em vez de desenvolver músculos volumosos, com Pilates na água você cria uma forma corporal definida, forte e equilibrada.

Confira o vídeo ao lado >>


O Pilates tem como objetivo principal o condicionamento físico, autocontrole, respiração e postura correta, tudo isso sem causar fortes impactos. O Hidropilates também é voltado para esses objetivos, porém por ser mais leve, ele faz com que o praticante saia da água com a mente e músculos relaxados. A possibilidade de se trabalhar em apoio de paredes, barras, equipamentos e acessórios, assim como em profundidades diferentes, potencializa o trabalho de estabilização e equilíbrio. Pontos fundamentais na técnica.

O Hidropilates se torna interessante porque possibilita pessoas que tem dificuldades de movimentação em solo possam realizar os movimentos. O hidropilates só traz benefícios, relaxa, aumenta a flexibilidade, o controle do corpo e trabalha a musculatura, sem sobrecargas no organismo; Trabalha a força de duas maneiras: através da realização de movimentos específicos e executando todos os movimentos contra a resistência da água e sua instabilidades.
Qualquer movimento que se realize na água terá uma resistência maior do que a do ar, o Hidropilates aproveita esta resistência para a realização de diferentes exercícios, com a vantagem que o sujeito pode eleger o nível de resistência, quanto mais força realizada maior a resistência oferecida pela água.
Nem todos os movimentos de Pilates podem ser realziados na água. No entanto, alguns podem ser mais facilmente executados e muitas vezes realizados de forma mais confortável por mais tempo do que em terra.
Pilates na permite que a maioria dos movimentos sejam modificados ou alterados para os praticantes de acordo com seu nível. Se você é um novato ou tem preocupações adicionais devido a lesões, os movimentos podem ser modificados para atender às suas necessidades. Se você é um atleta experiente ou praticante avançado, os movimentos podem ser variados para fornecer mais desafio, usando profundidades diferentes, diferentes áreas da piscina, equipamentos pequenos como flutuadores específicos, bandas elásticas, barras, rolos, movimentos na água pelos outros praticantes e trabalho em dupla.
PiscinaNão há restrições e limite de idade para se praticar hidropilates. Não há contra-indicações, nem para pessoas com idade avançada, portadoras de deficiências ou limitações que dificultam o alongamento e o equilíbrio.
Pilates na água queima em média de 300 calorias por sessão sendo recomendado para quem sofre lesões ou problemas musculares, gestantes, terceira idade e indivíduos que desejem realizar uma atividade física de baixo impacto, mas que lhes garanta bons resultados.
Contra indicações para o Hidropilates:
- Alergia a produtos químicos utilizados em piscina;
- Hipertensão descontrolada;
- Tímpano perfurado;
- Radioterapia.
Facilidades de realizar o Pilates na água:
- O peso do corpo é aproximadamente 90% menor na água;
- A flutuabilidade reduz a tensão das articulações;
- No meio aquático se diminui a pressão sobre as vértebras;
- Existe uma verdadeira libertação do trabalho da musculatura tónica/postural;
- A pressão hidrostática estimula os mecanismos respiratórios;
- A ação da gravidade inter-relacionada com o empuxo dependerá da profundidade.

O Hidropilates pode ser usado em reabilitação e no tratamento de algumas patologia:

- Fibromialgia;
- Artrose;
- Artrite;
- Mal de Parkinson ou Parkisonismo;
- Acidente vascular cerebral (AVC) de grau moderado e leve;
- Esclerose múltipla;
- Hérnia de disco e degenerações discais específicas;
- Entorses de tornozelo e joelho;
- Pós-operatório em geral;
- Pós-fratura consolidada;
- Escoliose;
- Hiperlordose – acompanhada ou não de lombalgia ou cervicobraquialgia;
- Cifose.
Abaixo alguns dos muitos benefícios do Hidropilates:
- Elegância de movimento;
- Controle respiratório;
- Aumento da auto-estima;;
- Proteção das articulações
- Equilíbrio entre corpo e mente;
- Condicionamento físico;
- Força;
- Prevenção de contusões;
- Consciência corporal;
- Fortalecimento abdominal;
- Alinhamento de coluna;
- Coordenação motora;
- Aumento da resistência física;
- Alongamento e maior controle corporal;
- Correção postural;
- Aumento da flexibilidade;
- Melhora da coordenação motora;
- Maior mobilidade das articulações;
- Fortalecimento dos órgãos internos;
- Estimulação do sistema circulatório e oxigenação do sangue;
- Aumento da concentração;
- Relaxamento;
- Alívio do estresse;
- Estabilização do tronco;
- Equilíbrio de tônus muscular.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Asma e a atividade física: uma boa aliança


O ciclista Miguel Indurain, a corredora Rosa Mota ou o tenista Nuno Marques são excelentes exemplos de atletas com asma que venceram nas suas modalidades. Ao contrário do que muitos julgam, a asma não é uma contra-indicação para praticar esportes, antes comporta inúmeros benefícios para os doentes.



A asma é um verdadeiro problema de saúde pública, afectando 100 a 150 milhões de pessoas no mundo inteiro. Não escolhe sexo, nível sociocultural, ou idade. Entre as crianças, a asma é a doença mais prevalente, com uma taxa que ronda os 11 a 15%.

Todos concordam que a asma pode ser tratada e controlada com os medicamentos actualmente disponíveis. Tal como os adultos, as crianças com asma podem ter uma vida normal, desde que sigam os conselhos do médico. 

Mas há alguns assuntos que, curiosamente, continuam a alimentar polémicas, controvérsias e desentendimentos. É o caso do exercício físico. Muitas pessoas, inclusivamente professores, ainda têm dúvidas no que se refere aos benefícios da actividade física na asma, acreditando que está contra-indicada. Nada de mais errado. 

Vários estudos têm mostrado que o exercício, designadamente a natação e a hidroginástica, é um factor positivo nos doentes asmáticos, ajudando a melhorar a respiração e a ventilação pulmonar. Os autores sublinham que as crianças com esta patologia devem manter-se activas, sendo que o exercício físico deve fazer parte integrante do tratamento. Além disso, a actividade física promove um desenvolvimento harmonioso da criança.

Gualdi, em 2004, dizia que o exercício, nomeadamente a prática regular da natação, melhora a condição física da criança asmática, permitindo-lhe suportar melhor as crises e enfrentar a doença com maior tranquilidade. Do mesmo modo, entendia que a participação do doente em programas de exercício melhora a postura e reduz as complicações respiratórias.  

Já anteriormente, outros investigadores haviam realçado a importância da actividade física na criança com asma. Entre as vantagens do exercício, referiam, por exemplo, o auxílio na eliminação das secreções brônquicas e o desenvolvimento emocional.

Com efeito, as adaptações fisiológicas que resultam da actividade física melhoram a tolerância aeróbia e ajudam a diminuir a resposta asmática durante o exercício.

No entanto, há alguns artigos na literatura que apontam para o risco elevado de broncoespasmo induzido pelo exercício, cuja gravidade pode variar bastante. A verdade é que este broncoespasmo parece resultar mais do sedentarismo e de uma preparação física reduzida do que da asma em si mesma.
Esta divergência pública não facilita o esclarecimento da opinião pública, antes pelo contrário, confunde-a e perturba-a. São os mais novos que sofrem as consequências. Como se não bastassem as limitações da sua rotina diária impostas pela asma (horas certas para tomar os medicamentos, especiais cuidados com o frio, etc.), as crianças vêm-se privadas do exercício, compulsivamente afastadas das tradicionais brincadeiras e jogos entre os seus pares, que incluem, invariavelmente, umas boas corridas, uns pontapés ou toques numa bola, saltos e mais saltos, sem esquecer, é claro, aquele mergulho acrobático na piscina.  

Em 2004, Lang, Butz, Duggan e Serwint compararam os níveis de actividade física de crianças com e sem asma. As conclusões são elucidativas: As crianças com asma eram menos activas, passando menos tempo em actividades físicas do que os seus colegas. Cerca de um quinto das crianças asmáticas estavam activas menos de trinta minutos por dia e cerca de um quarto praticavam exercício físico menos de três dias por semana (versus 9% e 11%, respectivamente).

As crenças dos pais influenciavam decisivamente o nível de actividade. As crianças cujos pais acreditavam que o exercício podia ser benéfico para a asma eram mais activas do que aquelas cujos pais desconfiavam das virtudes do exercício. 

A gravidade da doença também tinha influência. Quanto mais grave era a asma, menor o tempo despedido a fazer exercício.

Fonte: http://www.paraquenaolhefalteoar.com/articles.php?id=84